O motivo da escolha dessa obra é
que esse livro foi um marco na minha adolescência. Eu o li com 14 anos de idade e, naquela época, ele já tinha causado bastantes sentimentos em mim, mesmo não
tendo total entendimento dos temas sociais que ele aborda e que hoje são
amplamente discutidos.
Depois Daquela Viagem é um livro
que se passa entre os anos 80 e 90, narrado em 1ª pessoa, contado por sua
personagem principal: a autora Valéria Piassa Polizzi.
A história começa com uma viagem de Val com os pais em um cruzeiro, aos seus 16 anos (hoje com 45 anos). Neste cruzeiro, conhece um homem de 25 anos que, meses mais tarde, viria a se tornar seu namorado. Sim, mesmo com quase 10 anos de diferença de idade, eles engrenam um relacionamento.
Passada a fase de conto de fadas, Valéria se vê num relacionamento abusivo, na qual apanha do rapaz, é diminuída e é tratada como inferior. Apesar disso tudo, a morena acha que é culpada por tudo isso. A série de maus tratos só termina quando a família flagra uma cena de agressão e interfere pelo fim do relacionamento.
A história começa com uma viagem de Val com os pais em um cruzeiro, aos seus 16 anos (hoje com 45 anos). Neste cruzeiro, conhece um homem de 25 anos que, meses mais tarde, viria a se tornar seu namorado. Sim, mesmo com quase 10 anos de diferença de idade, eles engrenam um relacionamento.
Passada a fase de conto de fadas, Valéria se vê num relacionamento abusivo, na qual apanha do rapaz, é diminuída e é tratada como inferior. Apesar disso tudo, a morena acha que é culpada por tudo isso. A série de maus tratos só termina quando a família flagra uma cena de agressão e interfere pelo fim do relacionamento.
Desinformada sobre os perigos das doenças sexualmente
transmissíveis, aceitou quando o namorado quis ter relações sexuais sem camisinha, afinal,
"ela não era puta" e só com "puta" é que era preciso usar preservativo.
Dois anos depois do fim desse namoro, Valéria descobriu que era portadora do
vírus da AIDS.
Os primeiros casos de Aids no
Brasil surgiram em 1980, porém ninguém sabia ao certo que doença era aquela,
mas, desde 1977, chegavam notícias tristes dos Estados Unidos sobre um câncer
que estaria atacando o sistema imunológico das pessoas, fazendo com que doenças
geralmente fracas, se tornassem letais.
A doença se tornou um prato cheio
para a homofobia, pois os preconceituosos se apegaram ao fato da doença ter
sido detectada inicialmente na comunidade homossexual como a peça que faltava
para que o quebra-cabeça da condenação se completasse: a Aids foi taxada de
castigo divino aos gays e seus hábitos sexuais promíscuos.
A rede publica de saúde deve
fornecer o aconselhamento, bem como a prevenção da doença. Em caso de resultado
positivo, o profissional deverá falar sobre a doença e seu tratamento, o
significado e utilidade dos diversos exames que devem ser feitos e os possíveis
efeitos que o uso dos medicamentos antirretrovirais em curto e longo prazos podem
causar.
Com acesso às informações sobre a
doença e às formas de promover sua própria independência e autonomia, o
paciente se fortalece para enfrentar as adversidades trazidas pela
soropositividade e seu tratamento.
Em 1977, Valéria foi capa da Revista Capricho aos 26 anos. |
Clássico teen sobre AIDS “depois
daquela viagem” completa 20 anos em 2017. A autora da biografia vive com HIV há
30 anos, tomando coquetel há 20. Levando em consideração que Valéria foi uma
das primeiras atingidas pela doença, pois a mesma contraiu na década de 80, a sugestão
para quem gostaria de saber mais sobre como é a vida de um portador do vírus da
AIDS, eu sugiro acessar o blog da mesma: http://valeriapiassapolizzi.blogspot.com.br/
onde ela usa como diário e divulgação sobre seus trabalhos e aparições na
mídia. Para mais informações sobre a doença, o governo disponibiliza o site: http://www.aids.gov.br/.
Valéria é uma vencedora, uma guerreira,
e hoje faz campanhas e palestras orientando os jovens a usarem camisinha e
discutindo sobre Educação sexual nas escolas. Terminou a faculdade de
Jornalismo. Casou. Viajou pelo mundo. É um livro que não aborda apenas a AIDS,
mas também o preconceito, a vontade de viver, é sobre a adolescência e sobre
sonhos.
“Acredita-se que a AIDS é a doença mais avassaladora da humanidade.
Para mim é o preconceito, ele exclui, discrimina e mata, e ninguém está livre
dele.”
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